A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagraram nesta terça-feira (17) uma operação de grande escala contra policiais civis suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os alvos está Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, um dos seguranças do cantor sertanejo Gusttavo Lima, agora considerado foragido.
Luxo e Corrupção: Quem é Rogerinho, o Foragido?
Com um salário de R$ 7 mil como policial civil, Rogerinho exibe um estilo de vida incompatível com sua renda oficial. Ele é apontado como sócio de uma clínica de estética, uma empresa de segurança privada e uma construtora. Além disso, segundo delatores, estaria envolvido em atividades criminosas, incluindo corrupção e lavagem de dinheiro.
A relação de Rogerinho com o PCC foi revelada após a delação do empresário Vinícius Gritzbach, executado no Aeroporto de Guarulhos em novembro. O policial teria ficado com um relógio de luxo do delator, usando o objeto em postagens nas redes sociais. Essas evidências foram decisivas para que a Justiça decretasse sua prisão temporária.
Operação Tacitus: Como o PCC Manipulava a Segurança Pública
A Operação Tacitus — nome que significa “silencioso” em latim — investiga um esquema que movimentou mais de R$ 100 milhões desde 2018. Policiais corruptos teriam facilitado atividades do PCC, incluindo o vazamento de informações confidenciais, a venda de proteção a criminosos e a manipulação de investigações.
Entre os alvos, destaca-se Fabio Baena, delegado acusado de extorsão por Gritzbach em delação premiada. Outros três policiais civis — Eduardo Monteiro, Marcelo Ruggeri e Marcelo “Bombom” — também foram presos, além de outros integrantes envolvidos diretamente com a facção.
O Impacto na Imagem de Gusttavo Lima
Rogerinho fazia parte da equipe de segurança do cantor sertanejo Gusttavo Lima, um dos maiores nomes da música brasileira. Embora não haja indícios de que o cantor tenha qualquer envolvimento com as ações criminosas, a conexão inevitavelmente gera questionamentos sobre os critérios de contratação e pode impactar sua imagem pública. Até o momento, Gusttavo Lima não se pronunciou sobre o caso.
Ação nas Ruas: Dinheiro, Armas e Mandados de Prisão


Com a participação de 130 agentes federais e promotores, a Operação Tacitus cumpriu 8 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em São Paulo e regiões como Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba. Durante as buscas, dinheiro em espécie, armas e bens de luxo foram apreendidos.
Os suspeitos vão responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Próximos Passos nas Investigações
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Corregedoria da Polícia Civil segue colaborando com a Polícia Federal e o MP-SP. O foco agora é aprofundar a investigação sobre o esquema de corrupção e identificar todos os beneficiários da rede criminosa.
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