Ficou de cara? Pois prepare-se, porque o caso de hoje parece roteiro de uma série policial mal escrita, mas aconteceu de verdade. Nesta quinta-feira (5), a Justiça Militar decidiu que o policial militar Luan Felipe Alves Pereira, que jogou um homem de uma ponte na Zona Sul de São Paulo, vai ter um novo endereço: o Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital.
Luan, que já estava “hospedado” na Corregedoria da PM, confessou que sua intenção era “apenas” jogar o homem no chão. No entanto, o vídeo viralizado não deixa dúvidas: o soldado levantou o entregador e o lançou da ponte como se fosse uma sacola de compras vazia.
E, como ninguém pediu spoiler, aqui está: a vítima sobreviveu à queda de três metros (milagre?), sofreu ferimentos leves e está em recuperação. Já o policial está sendo investigado por lesão corporal e violência arbitrária. Será que dessa vez ele aprende o significado de “proteger e servir”?
Cenas que Nem o Streaming Exibiria
O episódio surreal ocorreu em um baile funk na região da Vila Clara, Zona Sul de São Paulo. Durante a dispersão do evento, Marcelo, o entregador arremessado, de 25 anos, acabou virando alvo do policial.
O vídeo que circula na internet é de cair o queixo – literalmente, no caso de Marcelo. Ele caiu de cabeça e, por sorte ou intervenção divina, sobreviveu. Agora, sua família está pedindo respostas, e o pai do rapaz não poupou críticas:
“A polícia está aí para defender, não para fazer isso. Meu filho é trabalhador, sem envolvimento com nada errado. Quero explicações do policial sobre o motivo de agir assim.”
Além do responsável pelo ato, outros 13 policiais que participaram da operação foram afastados, e o Ministério Público abriu uma investigação para entender como uma abordagem virou show de horrores.
Tarcísio: De “Olha os Números” a “Ops, Tem Algo Errado”
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), teve uma semana agitada. Na quarta-feira (4), ele defendeu a atuação do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, com a frase “Olha os números”. E a imprensa olhou – mas o que viu foi um aumento de casos absurdos como esse.
Já nesta quinta, o governador mudou o tom e admitiu: “Alguma coisa não está funcionando.” Você jura, Tarcísio? Ele também afirmou que estava “completamente errado” sobre as câmeras corporais e agora é fã número um do equipamento, prometendo ampliar o uso.
“Hoje estou completamente convencido de que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial. Vamos trazer o que há de melhor em tecnologia.”
De fato, as câmeras corporais são importantes para evitar abusos e proteger policiais de falsas acusações. Mas, convenhamos, o que falta mesmo é treinamento e bom senso. Afinal, nenhum equipamento do mundo impede alguém de cometer atrocidades se o problema está na formação.
O “Histórico de Horror” do PM
Se você acha que esse foi o primeiro caso polêmico envolvendo Luan Felipe, prepare-se para mais. Em 2023, ele foi acusado de matar um homem com 12 tiros em Diadema, na Grande São Paulo. O caso foi arquivado sob alegação de legítima defesa.
Agora, com um histórico desses, é de se perguntar: como alguém com esse perfil ainda estava na ativa? Alguém aí na PM tem alguma explicação convincente ou vai continuar jogando a culpa no “sistema”?
O Que Está em Jogo?
Com a prisão do policial e a repercussão dos abusos, fica claro que a segurança pública em São Paulo precisa de ajustes urgentes. Câmeras corporais são apenas uma parte da solução, mas a reciclagem da tropa e a mudança cultural na polícia são indispensáveis.
O governador prometeu medidas firmes e afirmou que os abusos não serão tolerados. Já a Secretaria de Segurança Pública destacou que não compactua com desvios de conduta. Parece bom no papel, mas a prática, como sempre, será o verdadeiro teste.
Ficou de Cara?
Essa história é só mais um capítulo de uma novela cheia de episódios chocantes. Marcelo se recupera, o policial vai refletir (esperamos) na cadeia, e a sociedade continua esperando por respostas e mudanças reais.
Enquanto isso, seguimos assistindo a tudo com indignação. Afinal, que tipo de realidade é essa em que precisamos implorar para que nossos policiais protejam em vez de ferir? Fica a reflexão (e a revolta).