Ana Paula Minerato, modelo e ex-musa da Gaviões da Fiel, que conseguiu o feito de ser removida da escola de samba por conta de áudios racistas que vazaram nas redes sociais.
Sim, no áudio, a modelo teria soltado uma enxurrada de falas nojentas sobre a cantora negra Ananda, da banda Melanina Carioca enquanto supostamente conversava com o seu namorado.
Bom, Ana Paula, talvez você precise de uma aula rápida de história, mas spoiler: todos viemos da África. E enquanto você acha que está arrasando no vocabulário colonial, o mundo real está passando vergonha alheia por você.
“Basta” virou piada
O mais irônico é lembrar que Minerato desfilou em 2022 com a palavra “Basta” estampada no peito em um samba-enredo que criticava desigualdade social e escravidão. Olha só que performance digna de Oscar: uma loira desfilando contra a desigualdade, mas que nos bastidores destila preconceito contra o povo que ajudou a construir tudo que ela mesma consome. A hipocrisia deve ter passado uma temporada na Sapucaí e dançado em um carro alegórico ao lado dela.
A resposta veio com classe
Enquanto Minerato espalhava ódio com seu discurso racista, Ananda mostrou que elegância não se compra na loja de luxo preferida da modelo. No Instagram, a cantora rebateu com uma classe que Minerato nunca mais vai esquecer “…Você se acha tão bonita assim?…” — ironizou a cantora.
O silêncio não salva ninguém
A Gaviões da Fiel, que tem uma história de luta por inclusão e igualdade, foi rápida no gatilho: soltou uma nota oficial desligando Minerato de todas as atividades ligadas à escola. “Condutas incompatíveis com os valores que defendemos” foi a frase elegante usada para dizer o óbvio: a gente não tolera racismo aqui, gata.
Enquanto isso, Minerato sumiu do mapa e não respondeu aos questionamentos. Quem sabe ela está ocupada tentando justificar o injustificável ou esperando que a poeira abaixe. Spoiler de novo: não vai abaixar.
O racismo é um crime, não uma opinião
É importante lembrar que racismo não é sobre “gostar ou não” de algo, mas sobre perpetuar um sistema de opressão que privilegia exatamente o perfil de Minerato: branca, loira, magra e rica. E não adianta posar com cara de arrependida depois, porque quem destila esse tipo de preconceito está contribuindo ativamente para a manutenção dessa estrutura desigual.
Enquanto algumas pessoas se agarram ao racismo como se fosse herança familiar, o mundo segue firme em sua luta por justiça e igualdade. E para Ana Paula Minerato, fica o recado: a fila anda, e você acabou de ser deixada para trás.
E aí, ficou de cara? 😏